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Morre a jornalista Gloria Maria aos 73 anos

Profissional da Globo estava internada para tratar metástases cerebrais

A jornalista e apresentadora Gloria Maria morreu, na manhã desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro por complicações de um câncer no cérebro.

A informação foi confirmada pela TV Globo, empresa pela qual ela exercia a profissão desde o início dos anos 1970.

“Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente – inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, relatou a assessoria da emissora em nota.

“Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais”, acrescentou a TV Globo.

Glória Maria
Reprodução/Instagram

Glória Maria

A jornalista Gloria Maria morreu, nesta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro, aos 73 anos. Gloria estava internada no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro (RJ), para tratar um câncer. A morte foi confirmada pela Globo.

Gloria Maria foi diagnosticada com um câncer de pulmão em 2019. Ela passou por um tratamento de imunoterapia que, na época, foi concluído com sucesso. Após o tratamento, Gloria sofreu uma metástase no cérebro, que também foi tradada com êxito através de uma cirurgia. Porém, em 2022, a jornalista começou a nova fase do tratamento contra metástases no cérebro e o tratamento deixou de fazer efeito.

Jornalista pioneira

Glória colecionou momentos em que realizou algo pela primeira vez no jornalismo brasileiro.

Ela foi a primeira repórter a entrar ao vivo, e em cores, no Jornal Nacional, quando em 1977 mostrava o movimento de saída de carros em um final de semana da capital fluminense.

Em relato ao Memória Globo, ela relembrava que a iluminação para fazer o link ao vivo queimou faltando um minuto para a entrada ao vivo.

“Eu estava dura, rígida, porque não podia errar. Era a primeira entrada ao vivo. Faltavam cinco, dez minutos, era o técnico que ficava com o fone para me dar o ‘vai’. Quando a lâmpada queimou, faltava um minuto para a entrada ao vivo. O jeito foi acender a luz da Veraneio (carro usado pela emissora nas reportagens)”, contou a jornalista.

Glória também fez a primeira transmissão em HD da televisão brasileira, em uma reportagem do Fantástico em 2007.

Pelo dominical da TV Globo, a jornalista colecionou mais de 100 países visitados. Cobriu a guerra das Malvinas, em 1982, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista, em 1996, os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, por exemplo.

Fez entrevistas com diversos chefes de Estado – inclusive contava que o ditador militar João Figueiredo a tinha como desafeto.

“Onde chegava, o ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’”, relembrou ao Memória Globo.

Ela também entrevistou as maiores personalidades do planeta, como Michael Jackson, Harrison Ford, Leonardo DiCaprio e Madonna.

Início de carreira

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro, filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta.

Estudou em colégios públicos, onde aprendeu inglês, francês e latim.

Enquanto cursava Jornalismo na PUC-Rio, chegou a conciliar os estudos com o emprego de telefonista da Embratel.

Em 1970, foi levada por uma colega para ser rádio-escuta da TV Globo no Rio, onde trabalhou pelo resto da vida.

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