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Hoje é Dia do Cerrado

O Dia Nacional do Cerrado foi instituído por decreto em 2003. A data destinada à preservação do bioma foi escolhida em homenagem ao ambientalista Ary José de Oliveira, popularmente conhecido como Ary Pára-Raios. Ele foi um defensor dos direitos humanos e do meio ambiente.

Pequi, jatobá, araticum, baru, murici, goiaba, graviola, mangaba, buritis, ipês…  Mesmo com tantas cores, cheiros ou sabores que se encontram no Cerrado, há quem não reconheça toda  a importância estratégica desse bioma para o País. Neste domingo (11), é Dia do Cerrado, e que será motivação de mais reflexões sobre preservação contra poluição e desmatamento.

Em tempos de crise de falta de água em alguns estados brasileiros, uma verdadeira caixa d’água no coração do Brasil traz esperança para a geração de recursos hídricos do País. O Cerrado, considerado um berço das águas, tem uma importância estratégica para o abastecimento e manutenção de uma rica biodiversidade.

Nascer do Sol no Cerrado

Não pode ser reconhecido apenas como uma vegetação de savana cinza. Na prosa, João Guimarães Rosa celebrou o Cerrado como um verdadeiro personagem, por exemplo, em Grande Sertão: Veredas (publicado em 1956)O escritor mineiro destacou, já naquela altura do século 20, que a profusão natural deveria ser especialmente protegida porque poderia estar ameaçada.

O Cerrado possui grandes reservas subterrâneas de água doce que abastecem as principais bacias hidrográficas do País: Amazonas, Tocantins/Araguaia, São Francisco, Paraná e Paraguai. Essa riqueza hídrica tem um papel fundamental no abastecimento humano, na geração de energia e na produção agrícola. Ao mesmo tempo, é considerado um hotspot mundial para a conservação da natureza (alta riqueza de biodiversidade e extremamente ameaçado).

A importância do bioma de árvores de raízes profundas, que está em 15 estados brasileiros, em 22% do território nacional e que alimenta oito das 12 grandes bacias hidrográficas brasileiras.

Nas últimas décadas, de acordo com dados do IBAMA/MMA, houve uma redução de 48,4% do Cerrado. A taxa de desmatamento anual é de 0,69%, maior até que da Amazônia e dos demais biomas brasileiros. Se o ritmo continuar acelerado, estima-se um prazo de 40 a 50 anos para o completo desaparecimento de seus recursos florestais. Atualmente, apenas 3% do Cerrado está efetivamente protegido em unidades de conservação (UC).

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