Roberto Jefferson é preso após atirar e ferir policiais federais
Prisão do ex-deputado foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes
O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, foi preso, neste domingo (23.out), depois de atirar e ferir policiais federais que foram cumprir a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Roberto Jefferson descumpriu restrições da prisão domiciliar ao publicar vídeos e também dar entrevistas. Em uma das publicações, ele xingou e ofendeu a ministra do STF, Carmen Lúcia.
Por volta das 14h deste domingo (23.out), Roberto Jefferson atirou e jogou uma granada contra 4 agentes da Polícia Federal que foram até à casa dele, na costa verde do Rio de Janeiro, para cumprir a ordem de Alexandre de Moraes que revogou a prisão domiciliar dele.
Em um dos vídeos deste domingo (23.out), o ex-deputado afirma que não teve a intenção de atingir os agentes. “Não atirei em ninguém para pegar. Atirei no carro e perto deles. Eram 4, eles correram. Eu falei: sai que eu vou pegar vocês”, afirmou.
Jefferson chegou a afirmar que não se entregaria. “Estou dentro de casa mas estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito, mas eu não me entrego. Eu vou embora, mas deixo plantado o meu exemplo. Não se entreguem ao ‘Xandão’. Lutem contra a tirania”, disse, fazendo referência ao ministro Alexandre de Moraes.
Após 8 horas, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal (PF) no início da noite deste domingo (23). Jefferson será levado para a sede da PF do Rio.
Em seu Twitter, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a prisão do ex-deputado e repudiou sua atitude.
Mais cedo, Bolsonaro já havia se manifestado sobre o caso e determinou a ida do ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento. “Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF”, escreveu.
Histórico
O ex-deputado Roberto Jefferson é investigado em inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que teria agido contra o estado democrático de direito, e até então cumpria prisão domiciliar. O ex-deputado não podia usar redes sociais, dar entrevistas ou receber visitas. No entanto, na 6ª feira (21.out), ele gravou e publicou um vídeo onde xinga e ofende à ministra Cármen Lúcia por conta de um voto dela no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a punição à Jovem Pan