Fort Atacadista e Comper contam com coleta de tampas de plástico para projeto social
Com o Tampamania, o material recolhido se transforma em cadeiras de rodas, andadores, muletas e fraldas geriátricas
Fort Atacadista e Comper, do Grupo Pereira, estão promovendo o projeto Tampamania, que recolhe tampas plásticas de diversos tipos de embalagens, como garrafas PET, refrigerantes, água, iogurte, shampoo e amaciantes, revende para empresas recicladoras e reverte o valor arrecadado na compra de cadeiras de rodas, andadores, muletas e fraldões geriátricos que são destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade social cadastradas no projeto. Para adquirir uma cadeira de rodas, por exemplo, são necessários 350 kg de material.
Jogadas pelas calçadas, ruas ou até mesmo nos cestos de lixo das casas de muitos brasileiros, as tampinhas fazem parte de uma triste estatística no país. Isso ocorre porque, segundo dados divulgados pela WWF, o Brasil é o 4º país do mundo que mais gera lixo plástico. Cada brasileiro, sozinho, produz 64 quilos por ano desse material, que é o mais poluente encontrado nos oceanos e rios. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o resíduo plástico representa 48,5% do total de materiais descartados de forma incorreta.
No entanto, de vilão o plástico tem se tornado protagonista em iniciativas que visam a transformação em novos produtos. Com auxílio da Rotary Clube, foram instalados pontos de coleta nas unidades do Fort Atacadista e Comper. Para participar, basta levar qualquer tipo de tampa e depositar no ponto de coleta. “São iniciativas simples, mas que fazem a diferença na sociedade. Muitas vezes não percebemos o volume de tampas que geramos em casa e quando começamos a recolher é que notamos o grande volume que isso representa. Saber que com um gesto tão pequeno podemos ajudar muitas pessoas é gratificante”, conta o gerente do Fort Atacadista de Valparaíso, Willians da Silva.
O projeto beneficia pessoas de baixa renda, alunos de escolas municipais com deficiência física e unidades básicas de saúde. Além do cunho social, o Tampamania também promove conscientização ao impedir o descarte das tampas plásticas no meio ambiente, um material que pode levar de 100 a 400 anos para se decompor.
*Hellen Quida