Doce alfenim é oficializado como patrimônio cultural de Goiás

Recebeu sanção da Governadoria a Lei Estadual nº 21.753 (originalmente projeto de lei nº 4476/21), de autoria do deputado Coronel Adailton (PRTB), que determina que a “gastronomia e cultura do doce alfenim produzido na região da cidade de Goiás ficam declaradas como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado”.

O Alfenim é um doce de origem árabe que chegou ao Brasil trazido pelos portugueses. Em Goiás, o município da cidade de Goiás se destaca como um dos poucos a produzir a iguaria.

Feito de açúcar, ovos e limão, a iguaria de formatos variados, como animais, flores e imagens religiosas, agora é patrimônio cultural imaterial goiano, após uma lei sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB).

“A tradição da gastronomia e cultura dos alfenins vem sendo preservada naquele município por Sílvia da Silva Curado, uma senhora de 87 anos, a única doceira da região que ainda conhece os segredos de seu preparo”, aponta o parlamentar.

Há mais de 60 anos, Dona Silvia produz o doce na cidade de Goiás, onde ela nasceu e vive até os dias atuais. Ela dá forma ao alfenim, em formato de animais e flores .

A doceira conta que aprendeu a fazer o alfenim com a sua Tia Maria, a facilidade ao trabalhar com a massa lhe chamou atenção, tomando gosto pela arte do alfenim, viu a possibilidade de renda, ou seja, escolheu essa profissão. Algumas pessoas de sua família sabem a receita, mas não fazem o doce para comercialização.

Embora seja um doce de poucos ingredientes, por ser extremamente delicado, exige tempo, destreza e conhecimento do ponto adequado para sua fabricação, fatores que desestimulam a sua produção por outras doceiras da região.

Pela dificuldade em seu preparo, esse doce está sob o risco de desaparecer. Diante da gravidade dessa previsão para a cidade e para a gastronomia e cultura goiana, Adailton propôs declarar o alfenim como Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás.