Conselho Tutelar realiza palestra que aborda prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes
Em alusão ao Maio Laranja — mês dedicado à conscientização e prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes — o Conselho Tutelar, com a Secretaria de Educação e a secretaria de Assistência Social, realizou palestra com o objetivo de orientar e proteger, despertando a consciência a violência sexual, promovendo um ambiente mais seguro e acolhedor nas escolas e em suas comunidades.
A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma triste realidade que muitas vezes acontece em silêncio, dentro de casa, na vizinhança, em ambientes onde deveria haver proteção. E o mais alarmante: os agressores, na maioria dos casos, são pessoas próximas, de confiança, que se aproveitam da vulnerabilidade para violentar não só o corpo, mas também a alma de quem deveria apenas brincar e sonhar.
A Prefeitura de Valparaíso, através do Conselho Tutelar, Secretaria de Educação e Secretaria de Assistência Social, reforça seu compromisso com a proteção da infância.
A escola é, acima de tudo, um espaço de cuidado, escuta e acolhimento. Por isso, todos nós, educadores, famílias e sociedade, temos a responsabilidade de estar atentos a sinais, ouvir sem julgamentos e denunciar qualquer suspeita de abuso.
O símbolo da campanha é uma flor amarela, que faz referência a desenhos da primeira infância, além de associar as fragilidades de uma flor com a criança.
Em cada gesto de escuta, acolhimento e denúncia, reafirmamos que proteger a infância é dever de todos. Esquecer é permitir. Lembrar é combater.
Denunciar é um dever. Disque 100.
Não se cale. Faça bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes.
Histórico
O dia 18 de maio, foi instituído Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a data foi escolhida em alusão ao “Caso Araceli”, ocorrido em 1973, no qual uma criança de oito anos de idade, chamada Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta. Na época, foram identificados três autores, dois deles, membros de uma tradicional família capixaba, apesar de denunciados, o processo foi anulado e encerrado sem punição.
Em 1998, cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º encontro do ECPAT no Brasil, organizado pelo Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes (CEDECA/BA), representante oficial da organização no Brasil, que internacionalmente luta pelo fim da exploração sexual de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais. O encontro assegurou a participação de entidades de todo o país, oportunidade em que foi estabelecido o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantojuvenil, que foi inserido no calendário nacional por meio da Lei Federal n.º 9.970/2000.
Uma das piores formas de violações de direito que pode ser perpetrada contra crianças e adolescentes, é a violência sexual, capaz de provocar sérios danos físicos, emocionais e sociais nas vítimas, principalmente, quanto ao estabelecimento de laços de confiança, visto que, a maior incidência de abusos ocorre dentro da relação intrafamiliar.
As consequências imediatas, além das físicas, são caracterizadas pelo estresse pós-traumático, os distúrbios emocionais, aumento do risco de envolvimento com substâncias entorpecentes, muitas vezes utilizadas como subterfúgios para fugir da realidade de agressão da qual está sendo submetida, problemas de aprendizado, evasão escolar, depressão, automutilação, dificuldades de relacionamento e até o suicídio.
Outrossim, os números de abuso sexual praticados contra crianças e adolescentes no Brasil, segundo Panorama da violência letal e sexual, realizado pelo UNICEF em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, fica evidente que trata-se de um problema de saúde pública, que exige olhar atento de toda sociedade para seu enfrentamento,