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Cirurgiões Plásticos auxiliam nos resgates às vítimas das enchentes no RS

A comunidade de Cirurgiões Plásticos se organiza para levar atendimento à população que precisa de suporte médico e depende de ajuda voluntária para recuperar a integridade física

O número de afetados pelas calamidades no Rio Grande do Sul só cresce e os moradores de um grande número de municípios precisam de todo o tipo de ajuda médica. O compromisso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, formada por mais de 7 mil médicos de todo o Brasil, vai além da cirurgia plástica e concentra-se, fundamentalmente, na garantia da segurança, da vida e do bem-estar do indivíduo. Por isso, os cirurgiões plásticos do RS estão se mobilizando para ajudar as vítimas de inúmeras maneiras, incluindo resgates de emergência e a continuidade de atendimento clínico. “O cirurgião plástico é primeiramente um médico que conhece profundamente a anatomia e a fisiologia humana porque após o curso de medicina, faz uma especialização em cirurgia geral e só depois em cirurgia plástica. Portanto, ele está 100% apto a salvar vidas e atender a população vitimizada”, explica Dr. Volney Pitombo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Atendimento às vítimas graves

Considerando esse preparo, os cirurgiões plásticos estão atuando nas principais necessidades das vítimas, em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. “Houve uma mobilização de profissionais aos locais que mais precisam de ajuda, como nas situações de resgates em áreas alagadas, prestar o primeiro atendimento às vítimas e dar atendimento clínico em abrigos e hospitais”, explica Michel Pavelecini, presidente da Regional RS da Sociedade de Cirurgia Plástica. Confira, a seguir, as principais ações dos cirurgiões plásticos para amparar a população. Acompanhe as contas do Instagram e do Linkedin da Sociedade de Cirurgia Plástica, onde você encontra vídeos dos médicos e depoimentos emocionantes.

Frentes de atuação

1. Resgate de vítimas que estão em meio à água, por barcos, botes, jet-skis, ou por meio de jipes para acessar locais isolados.

2. Ações conjuntas com o SAMU: cirurgiões plásticos estão atuando como socorristas junto ao SAMU, em ambulâncias e helicópteros, e fazendo o atendimento médico imediato à vítima além de acompanha-la até um local seguro onde ela possa se recuperar.

3. Atendimento de resgatados das áreas alagadas e ilhas: muitas pessoas salvas chegam a pontos específicos, como a “Usina do Gasômetro” ou “Pontal” e precisam de ajuda médica imediata. Há no local, cirurgiões plásticos atuando neste atendimento emergencial. As situações mais comuns encontradas são hipotermia, hipo ou hiperglicemia, desidratação, crises de ansiedade.

4. Voluntariado em abrigos e postos de saúde: os cirurgiões plásticos fazem plantão nesses locais para atender todo o tipo de demanda relacionada à saúde. Os principais problemas atendidos são crises de ansiedade, infecções de vias aéreas superiores, suspeita de leptospirose, cuidados de ferimentos infectados, lesões de pele, choques elétricos, entre outros.

5. Rede de atendimento para pós-operatório: há um número significativo de pacientes que no momento da catástrofe viviam o pós-operatório de cirurgias plásticas. Normalmente, apenas o médico que fez a cirurgia, pode acompanhar o paciente após o procedimento. Contudo, com muitas estradas fechadas e cidades ilhadas, os colegas formaram uma rede de atendimento para garantir as revisões pós-operatórias, independentemente do médico que o operou.

6. Aulas solidárias: criada pela SBCP para arrecadação de fundos para o RS. Os principais expoentes da cirurgia plástica do Brasil estão, voluntariamente, ministrando aulas online, nas quais doações espontâneas são estimuladas. O valor arrecadado é 100% revertido para ajudar a população do Rio Grande do Sul.

Como as necessidades de atendimento são dinâmicas e poderão sofrer alterações, ao longo das próximas semanas, a comunidade de cirurgiões plásticos irá agir de acordo com as demandas futuras.

Sobre a SBCP

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é uma entidade sem fins lucrativos que representa mais de 7 mil cirurgiões plásticos brasileiros e é composta por uma diretoria nacional e por 21 regionais distribuídas por 20 capitais brasileiras. Há 75 anos por meio do foco no viés científico, promove e aprimora o estudo da cirurgia plástica no Brasil.

*Bruna Roberti

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