Caiado decide apoiar Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições
Governador teve encontro, nesta quinta-feira (06), com o presidente em Brasília
O governador Ronaldo Caiado (UB) consolidou seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) com participação em evento, nesta quinta-feira (6), no Palácio da Alvorada, em Brasília, com chefes do Executivo e parlamentares já eleitos que também dão respaldo ao projeto.
Em entrevista coletiva, Caiado atribuiu a decisão à parceria entre os governos estadual e federal na criação de políticas públicas em Goiás. O governador disse ainda que declara apoio “em nome do povo goiano”. “Trago aqui o abraço e o apoio, e a certeza que o senhor terá uma vitória ainda maior no segundo turno. Meu muito obrigado e estamos aqui à inteira disposição para o jogo democrático e que nós respeitaremos, e teremos a continuidade de um governo que mostra tranquilidade e paz para todos nós podermos crescer”, disse.
Em discurso, Bolsonaro citou temas como medidas do governo federal durante a pandemia e defendeu uso de medicamento contra a Covid-19 mesmo sem eficácia comprovada, temas que provocaram afastamento político entre Caiado e o presidente.
O goiano compôs a mesa de autoridades, onde também estavam outros governadores, ministros e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O deputado federal Vitor Hugo (PL) – que disputou o governo de Goiás com apoio de Bolsonaro, mas terminou a corrida em 3º lugar – estava na segunda fila da plateia.
Acompanhado da vice-prefeita e deputada estadual eleita, Zeli Fritsche, o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró, participou do encontro com o presidente Jair Bolsonaro e o governador Ronaldo Caiado. Participaram mais de 200 prefeitos que integram a base caiadista e que declararam apoio no 2º turno à reeleição do presidenciável
Bolsonaro falou sobre a pandemia e acusações de demora para comprar vacina. “Compramos a vacina quando tinha que comprar, quando tinha à disposição, e foi oferecida a todos. A questão do remédio, ainda não existe algo definido, mas não poderiam, no meu entender, cercear a autonomia do médico, que mais do que o direito, tem o dever de buscar salvar vidas”, disse o presidente.
Em depoimento à CPI da Pandemia em maio de 2021, executivo da Pfizer afirmou que começou a negociar com o Brasil a venda de vacinas em maio de 2020 com proposta concreta de doses a partir de agosto daquele ano. O primeiro contrato foi assinado em março de 2021. Bolsonaro defendeu em períodos críticos da pandemia o uso de hidroxicloroquina, medicamento que continua sem eficácia comprovada contra a Covid-19.