Goiás

Caiado critica política econômica do governo federal e reafirma pré-candidatura à presidência durante evento da Federasul

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), voltou a criticar duramente a condução da economia pelo governo federal. Durante participação no tradicional evento Tá na Mesa, promovido nesta quarta-feira (11) pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Caiado classificou a situação fiscal do país como “alarmante” e defendeu uma atuação firme contra o aumento de tributos.

De acordo com informações divulgadas pela Federasul, o encontro reuniu empresários, lideranças políticas e representantes da sociedade civil. Além de condenar a política econômica atual, Caiado aproveitou para anunciar que o União Brasil — legenda que comanda — não apoiará novas propostas que elevem a carga tributária. “A irresponsabilidade fiscal do governo central tem pressionado o bolso do cidadão. Já são 25 aumentos de impostos em dois anos e meio. Isso é inaceitável”, declarou o governador, que reafirmou sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026.

Durante o evento, também houve espaço para homenagens e solidariedade. O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, exaltou a mobilização nacional em apoio ao Rio Grande do Sul após as enchentes de maio e entregou a Caiado uma miniatura da escultura “Heróis Voluntários”, símbolo do reconhecimento aos voluntários que vieram de Goiás ajudar o povo gaúcho. “Vimos uma força que atravessou o Brasil. Essa solidariedade é o que nos move como nação”, disse Costa.

Ao mesmo tempo em que celebrou a união do país diante da tragédia, o presidente da Federasul criticou a lentidão na infraestrutura logística, o descaso com as ferrovias e o uso ineficiente de recursos públicos por parte do governo federal. Segundo ele, o Rio Grande do Sul sofre as consequências de uma dívida crescente e está mais vulnerável aos impactos das mudanças climáticas, que ameaçam a produtividade agrícola do Estado.

Caiado reforçou a importância de manter responsabilidade fiscal nos estados e municípios, e destacou a necessidade urgente de reformas estruturais nas áreas de educação, segurança e inovação. Para ele, o Brasil está perdendo espaço em fóruns globais, como o G20 e os BRICS, por conta da estagnação em setores estratégicos. “Estamos ficando para trás até em inteligência artificial. É preciso ação e liderança”, alertou.

O governador também comentou sua baixa exposição nacional, afirmando que ainda é desconhecido por 76% da população brasileira, mas acredita que sua experiência o credencia para disputar o Palácio do Planalto. “A vitória da centro-direita virá da soma das forças regionais e da mobilização popular”, afirmou, projetando uma união no segundo turno contra o PT, partido que classificou como enfraquecido.

A programação do Tá na Mesa também incluiu homenagens a entidades empresariais que celebram marcos importantes em 2024: a Associação Comercial e Industrial de Catuípe (ACIC), pelos seus 50 anos; a CIC de Canela, pelos 80 anos; e a CICS de Canoas, que completa 85 anos.

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