Assembleia Legislativa celebra Dia dos Pais em sessão solene, por proposição do deputado Clécio Alves
Além de Alves, que comandou a sessão solene, compuseram a mesa dos trabalhos: a esposa dele, Rose Taylor Machado Alves; o genro Manoel Goulart; o pastor da Igreja Nova Esperança, Gilmar Aparecido da Silva; o advogado Gil Leandro Chaves Santos; e Elviro da Silva.
Em seu discurso, o deputado ressaltou o privilégio de poder de realizar uma homenagem aos pais, especialmente para ele, que aos 5 anos de idade perdeu o pai, assassinado. O parlamentar contou que, com a morte do pai, a mãe, viúva aos 38 anos, nunca mais se casou e assumiu também o papel de pai. Foi ela quem lhe ensinou os princípios que norteiam sua vida. “A gratidão, a lealdade, o agradecimento a tudo que você recebe de Deus e das pessoas. E o entendimento que a base de qualquer situação, depois de Deus, é a família”.
Entrada na política
Alves contou um pouco da sua história de vida e sobre a vontade de atuar na política, que começou ainda na infância. Segundo narrou, a família não tinha tradição na política e também não tinha recursos financeiros; por isso, ninguém acreditava que um dia ele pudesse realizar o sonho.
Ainda assim, de acordo com o legislador, continuou firme no propósito e quando tomou a decisão de disputar a primeira eleição, teve apenas a esposa e os filhos como cabos eleitorais, e, mesmo assim, só não foi eleito porque não soube escolher o partido. Na eleição seguinte, em 2000, conseguiu se eleger vereador, com 3.800 votos, e, a partir daí, nunca mais perdeu um pleito, e sempre aumentou o número de votos.
Por fim, Clécio Alves comparou o ofício de legislador ao papel dos pais: “Eu tenho muito cuidado quando vou votar em alguma coisa, quando vou tomar alguma decisão, porque não represento apenas a mim. E os senhores pais também representam suas famílias, as suas vontades, os seus sonhos. Então, eu deixo aqui o meu mais absoluto respeito a todos os senhores”.
Na sequência da solenidade, a cantora Susana Oliveira, acompanhada pelo violonista Elizeu Nazareno, fez uma apresentação de músicas do repertório gospel.
Em seguida, o advogado Gil Leandro Chaves Santos recebeu, das mãos do deputado, o Certificado do Mérito Legislativo e discursou representando todos os homenageados da noite. O jurista sublinhou que não estava na solenidade como advogado, mas como pai e, no ato, com a importante missão de representar os outros pais.
Santos rendeu uma homenagem ao pai dele, já falecido: “Um grande homem, um exemplo de fé, de caráter e de honestidade”.
Sobre a paternidade, o advogado a definiu como uma jornada repleta de desafios e aprendizados, mas, sobretudo, de entrega e amor incondicional. Ele também destacou a complexidade da missão de ser pai. “Cada pai aqui presente sabe o valor de uma palavra de incentivo, de um abraço acolhedor e do exemplo diário que acontece e se traduz nas ações do cotidiano. (…) Que nossos filhos vejam em nós não apenas figuras de autoridade, mas verdadeiros exemplos de caráter, integridade e dedicação”, finalizou.
A data
Diversos países possuem em seus calendários o Dia dos Pais, comemoração que varia conforme os costumes locais, assim como o significado que se dá à figura paterna. Em locais como Portugal, Espanha e Itália, a comemoração ocorre em 19 de março, que é o Dia de São José, considerado a figura do “pai terreno” de Jesus Cristo.
Já nos Estados Unidos, Grécia, Argentina, Jamaica, República Tcheca e Zimbábue, a celebração se dá no terceiro domingo de junho. Embora as datas variem, a intenção é a mesma: homenagear os pais e mostrar apreço por todo amor, toda dedicação e todo apoio que eles proporcionam ao longo da vida.
No Brasil, o Dia dos Pais é celebrado sempre no segundo domingo de agosto. A ideia da comemoração surgiu no ano de 1953, por ação do publicitário Sylvio Bhering, que, na época, era diretor do jornal O Globo e da rádio homônima. O objetivo de Bhering era tanto social quanto comercial, na tentativa de associar a data ao Dia de São Joaquim – pai de Maria, mãe de Jesus Cristo – que é comemorado em 16 de agosto, no calendário litúrgico da Igreja Católica. No entanto, nos anos seguintes, a data também foi deslocada para um domingo, o segundo do mês de agosto, e assim permanece até hoje.
A escolha pelo domingo se deu pelo fato de ser um dia caracterizado pelas reuniões familiares. Dessa forma, a data seria propícia para que os filhos pudessem se reunir com seus pais para um momento de reflexão e gratidão por tudo o que eles representam. Clécio Alves ressalta a importância de homenagear os pais, que são figuras fundamentais na formação de uma pessoa, bem como para seu desenvolvimento emocional e social.