De acordo com a Aneel, naquela ocasião, a escolha da bandeira verde foi motivada pelas condições projetadas de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas mantendo níveis controlados. A agência reguladora informou que o armazenamento médio dos reservatórios atingiu 87% no início do período seco, explicando o cenário propício ao momento.
Caso as outras bandeiras fossem rompidas, as contas de luz refletiriam o aumento de até 64% nas bandeiras tarifárias aprovadas em junho de 2022 pela Aneel.
A agência explicou que esses aumentos foram resultado da inflação e do maior custo das usinas termelétricas neste ano, causado pelo encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.
Em agosto, a Aneel aprovou uma consulta pública para reduzir as bandeiras tarifárias em até 36,9%. A decisão foi respaldada por três fatores: reservatórios em boa capacidade, expansão da energia eólica e solar, e queda nos preços internacionais dos combustíveis fósseis.
Bandeiras
Instituídas pela Aneel em 2015, as bandeiras tarifárias têm o propósito de refletir os custos variáveis associados à geração de energia elétrica. Classificadas em diferentes níveis, essas bandeiras oferecem uma indicação do custo atual para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar energia utilizada em residências, estabelecimentos comerciais e industriais.
Quando a fatura de energia é calculada sob a bandeira verde, não há acréscimo de custos. No entanto, quando as bandeiras vermelha ou amarela são aplicadas, a conta sofre acréscimos, variando de R$ 2.989 (bandeira amarela) a R$ 9.795 (bandeira vermelha patamar 2) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
*Agência Brasil